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sexta-feira, 30 de abril de 2010

COELBA às falas

Eis que, segundo o site Agravo Ilheense (leia aqui), a COELBA será finalmente chamada às falas pela Assembléia Legislativa do Estado. Boas novas! Tomara que aquela casa cumpra sua função cidadã de fiscalização, e questione a gestão da empresa.

No caso, parece que o estopim catalisador da ação do parlamento estadual foram os aumentos abusivos. Mas eu acho que cabe à câmara, e aos deputados que possuem o mínimo de interesse nos colégios de onde receberam a maior parte de seus votos, cobrar da empresa.

Pois há muito a ser cobrado.

No caso específico de Ilhéus, que foi a cidade campeã de apagões em todo o estado, seria muito interessante ouvir algum parlamentar dirigir à gestão da COELBA algumas questões bem interessantes.

a) Porque isso acontece?
b) Que medidas estão sendo tomadas para conceder o mínimo de respeito aos cidadãos ilheenses?
c) Porque o SAC da COELBA (0800 071 0800) não cumpre as determinações mínimas de atendimento ao consumidor?
d) O principal: que garantias as pessoas de Ilhéus terão de receberem o mínimo de respeito por parte da COELBA? Porque, realmente, não dá mais para acreditar nas promessas da companhia.

Já é mais que passada a hora de a COELBA se ver evidentemente ameaçada. Quando assumiu o controle da prestação de serviços de energia elétrica no estado, o grupo Neoenergia assinou um contrato em que se compromete com metas e níveis de qualidade de seu serviço. Há sanções previstas, desde multas até a perda da concessão.

É preciso se discutir isso com seriedade. É preciso que os empresários encontrem resistência pela frente, a legítima cobrança da cidadania. Não se pode admitir que eles continuem mantendo esse monopólio absurdo à custa de prestarem serviços de péssima qualidade, comprometendo o sossego e as atividades econômicas de toda uma região.

A cobrança deveria vir da AGERBA e da ANEEL. Mas esses órgãos parecem desconhecer o problema, para dizer o mínimo.

Tomara que a Assembléia tenha olhos mais abertos. Ainda que seja porque é ano de eleição.

A COELBA precisa respeitar as pessoas de Ilhéus.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Os dois lados da Força

O debate entre os favoráveis e os desfavoráveis ao projeto intermodal está terminado, ao meu entender, no tocante à Ilhéus e região. Na cidade a imensa maioria é favorável ao projeto, e o entendimento é bem simples: nem a mais pessimista, inverossímil e sombria projeção dos ambientalistas e dos demais interessados em que o projeto não saia do papel assustou as pessoas o suficiente para elas deixarem de ver a própria realidade. Que é bem pior.

Por mais nefastas que sejam as conseqüências apregoadas, ainda que sem um fundamento concreto, a situação atual e as perspectivas futuras de Ilhéus e região são ainda mais assustadoras. Simples assim. Dessa forma ficou fácil para as pessoas entenderem.

Mas chamou a atenção a demonstração de força de parte a parte. De um lado uma grande empresa mineradora, o governo estadual, o governo federal, prefeitos, a opinião pública de uma região. O que restaria ao outro lado? Parecia que a batalha estava ganha.

Ledo engano.

O "outro lado da Força" ainda tem muita musculatura. E está sendo munido, embora não se saiba exatamente por quem, com muita capacidade bélica. Perdida a batalha na região, inicia-se noutra trincheira.

Assim, uma reportagem no Fantástico da Rede Globo, conduzida de maneira lamentavelmente unilateral pela emissora - a Globo simplesmente esqueceu o óbvio do jornalismo, que é dar espaços iguais a todos os lados envolvidos numa reportagem - mostra que os grupos contrários à implantação do Complexo Intermodal não são formados por gente simples e modesta. Muito pelo contrário, são bons articuladores e possuem muito poder político e econômico. Apenas ainda não se conhece exatamente quem são, e de onde vem tanto poder.

A estratégia de batalha, nesse caso, é simples de entender, embora bastante perspicaz: o governo federal está com uma batata quente nas mãos, que é o caso da Usina de Belo Monte. Então, joga-se outra batata quente, apostando que o governo federal não tenha condições de tratar os dois problemas, dado o desgaste político que sofrerá. Ou sacrifica a Usina, ou sacrifica o Complexo Intermodal de Ilhéus.

Porque pode sair caro a decisão de levar a cabo as duas empreitadas, ainda que tenha aprovação do IBAMA, ainda que derrube as liminares que foram e serão interpostas, ainda que apresente planos de contingenciamento e compensação de danos ambientais. O governo federal pode sair desse debate com a pecha de autoritário e antiecológico.

Dessa forma, os contrários ao novo porto não mostraram apenas a força financeira necessária para mover uma Rede Globo inteira: mostraram-se capazes de trabalhar inteligentemente nos bastidores da política e da mídia nacional, a fim de abrir novas trincheiras para que não se dêem por vencidos.

Perderam, o que parece, o debate no plano regional, mas suas forças não se haviam esgotado. Muito pelo contrário, agora se sabe que eles têm força política e econômica para continuar a luta, ainda que fora da região e, talvez, fora do debate.

É o poder do Outro Lado da Força.

domingo, 25 de abril de 2010

O Porto e as Entidades

Cobra-se o engajamento de entidades regionais, como a UESC e a CEPLAC, que deveriam se posicionar frente ao projeto do Complexo Intermodal.

Mas não é tão simples. A UESC não é como o GreenPeace, o WWF ou as ONGS, que são constituídos de maneira unilateral: existem por uma única causa fim. O Greenpeace, por exemplo, é totalmente míope para qualquer questão que não a puramernte ambiental. E é bom que seja assim, pois é disso - o contraditório - que se faz a democracia. Eu acho que o Greeenpeace (apesar de chamado de "Barbie da causa ambiental" pelo seu fundador, hoje afastado) precisa continuar sendo míope mesmo. Porque sua visão limitada - embora profunda - é importante catalizador para avivar os debates em toda a sociedade.

Então é fácil para os governos federais, estaduais e municipais serem a favor do Complexo, ao olharem as inúmeras vantagens sociais e econômicas que advirão do novo projeto. Da mesma forma, ONGs ambientalistas e ativistas ambientais também possuem muita facilidade para se engajar contra o Projeto, munidas dos discursos ambientais. É verdade que há denúncias de que a motivação de muitas dessas ONGs não sejam puramente ambientais, mas não há nenhuma prova concreta, de forma que desconsiderarei isso.

Não obstante, para instituições com interesses e composições mais plurais, como as universidades e os centros de pesquisa - aí entram UESC e CEPLAC - fica muito mais difícil. É que essas instituições não possuem apenas um "olho", que eventualmente só enxergue um dos lados da história. Muito pelo contrário, são centenas de olhos, e cada um deles é um especialista em potencial, mas em diferentes áreas.

Logo, ao contrário das ONGs e sua miopia, as universidades sofrem com a incongruência das suas múltiplas visões. Dessa forma, não é esperado que a UESC tenha uma única posição - contrária ou favorável - ao projeto pois, ainda que isso aconteça, certamente haverão vozes dissonantes. E ninguém tem, ou deveria ter, o poder de impor sua vontade dentro de uma comunidade acadêmica.

É importante ressaltar que é bom que seja assim: a universidade plural, com múltiplas vertentes, é o local ideal para que se procedam os debates, o avanço do conhecimento. Somente em ambientes assim faz sentido pensar em pesquisa, em avanços técnicos e científicos, em extensão.

Portanto, muito me surpreenderá se a UESC se posicionar "formalmente" contra ou a favor do Complexo Intermodal. Na UESC o debate fervilha, assim como em toda a região, embora a tendência de aceitação da tese favorável ao projeto esteja, ao que parece, a cada dia mais fortalecida.

Mas isso é um tema que tratarei a posteriori.

sábado, 24 de abril de 2010

Discurso Feliz de Wagner

Em Comandatuba, participando de (mais) um Fórum empresarial, o governador Jacques Wagner fez um discurso muito feliz.

Feliz porque destruíu uns velhos argumentos sobre a gestão pública, quando comparada à iniciativa privada.

Wagner, na verdade, apenas apontou o óbvio: não existe corruptos sem corruptores. E são os empresários, a "gestão privada", que para alguns é símbolo de idoneidade e eficiência, os agentes corruptores. Servidores públicos são os corrompidos. Um não é menos culpado do que o outro.

Além desse ponto, Wagner foi além e também mostrou outra obviedade: não se pode esperar do Brasil uma estrutura estatal ágil como a que existe na China, por um motivo muito simples: no Brasil há uma série de entraves que são típicos de uma democracia.

Democracia é bom, não resta dúvidas. Mas exige investimentos (aparelhamento dos poderes) e toda uma estrutura burocrática, a fim de viabilizar a frase genial (supostamente) de Aldous Huxley: "O preço da Liberdade é a eterna vigilância".

E é isso mesmo o que torna cara e burocrática a estrutura necessária para viabilizar e manter um Estado Democrático: polícia, juízes, promotores, cartórios, câmaras parlamentares, órgãos regulamentadores/fiscalizadores, procuradorias, etc. Tudo isso demanda recursos, e todas essas instâncias de poder são entraves potenciais aos processos administrativos.

Porque numa democracia o chefe de estado não toca as obras como quer e deseja. Muito pelo contrário, ele precisa discutir, ponderar, negociar. São entraves, que provavelmente tornam as decisões mais lentas, e os processos mais dispendiosos.

Mas a alternativa, que seria um estado ágil e leve, provavelmente passa pela desestruturação de todo esse ferramental de suporte à democracia. Aí as obras sairiam do papel direto para a construção. Mas não haveria discussão, não se ouviria as pessoas interessadas, não se daria voz à oposição. A Alemanha de Hitler experimentou, antes da guerra, um fortíssimo desenvolvimento em praticamente todas os setores. Era um estado ágil e eficiente como poucos na História. Mas a que custo mesmo?

E é por isso que o Governador foi feliz em seu discurso. Porque ele mostrou que boa parte das críticas à eficiência e aos custos estatais são na verdade um preço inerente à própria democracia.

Lembrar que o preço da liberdade é a eterna vigilância é fácil. Difícil é aceitar pagar o custo dessa vigilância.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Coelba Danadinha!

Depois de todo o desrespeito, de descumprir as metas (mínimas) estabelecidas pela ANEEL, e de condenar Ilhéus ao primeiro lugar no Ranking de apagões em toda a Bahia, a Coelba ainda vem com um aumento da tarifa...

Eu reconheço que os caras são corajosos, não há dúvidas. E enquanto a AGERBA e a ANEEL permanecem em silêncio, acho que eles estão sendo muito espertos, usufruindo do direito que lhes concedem: o de desrespeitar toda uma cidade e uma região. Não recebem nenhuma punição, economizam em investimentos, assumem o ônus de prover um serviço com péssimo nível de qualidade. Mas que ônus é esse mesmo? Pois até o momento não me chegou o conhecimento que tenha havido alguma mísera punição à prestadora de Energia Elétrica. Deve ser o melhor negócio do mundo, o de prestar serviços essenciais na Bahia. Maior moleza!

Assim, fica barato ser ruim. Melhor para a Coelba, pior para mim (e você!).

Por essas e outras ainda fico com a sensação de que minha campanha terá que permanecer no ar, indefinidamente!

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A cena é tão comum... estou em casa, tranquilamente trabalhando ao computador, e de repende PUF!

Interrupção do fornecimento de energia.

Ou "picos", que são as variações de tensão, colocando em risco todos os eletro-eletrônicos das nossas residências.

Ligar para o 0800 071 0800 é uma epopéia! Submetemo-nos a uma longa espera, até que um atendente explicar que "a ocorrência está registrada e tem prazo de 3 horas para ser resolvida".
Alguns dias depois a cena se repete. E de novo, e de novo, e de novo. Não dá para aguentar.

Não pode ser por acaso. Não é azar. Isso só pode ser explicado por Incompetência técnica do pessoal que atende Ilhéus, ou então por negligência de uma empresa que prefere arcar com os problemas recorrentes do que tratar os consumidores como eles merecem.

Por essas e outras, estou lançando a campanha

Convido todos os ilheenses a se engajar. Copie o Logotipo, distribua, publique em sites e blogs, participe!

Vamos mostrar a todos a insatisfação pela qualidade do serviço prestado pela COELBA em nossa cidade!

E à COELBA eu lanço um desafio: quando acontecer de eu passar um mês sem ter problemas com o fornecimento de energia, a campanha será retirada daqui.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O primeiro milagre do heliocentrismo

A Igreja do Jornalista Hélio Schwartsman.

Essa eu peguei no Blog do Sarrafo (leia aqui), que pegou na folha... um texto interessante.

Com todo o respeito a todas as religiões, não se pode negar que dá mesmo o que pensar.

"
(deu na Folha de São Paulo)

O primeiro milagre do heliocentrismo

Hélio Schwartsman

… Eu, Claudio Angelo, editor de Ciência da Folha, e Rafael Garcia, repórter do jornal, decidimos abrir uma igreja. Com o auxílio técnico do departamento Jurídico da Folha e do escritório Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo Gasparian Advogados, fizemo-lo.

Precisamos apenas de R$ 418,42 em taxas e emolumentos e de cinco dias úteis (não consecutivos). É tudo muito simples. Não existem requisitos teológicos ou doutrinários para criar um culto religioso. Tampouco se exige número mínimo de fiéis.


Com o registro da Igreja Heliocêntrica do Sagrado Evangélio e seu CNPJ, pudemos abrir uma conta bancária na qual realizamos aplicações financeiras isentas de IR e IOF. Mas esses não são os únicos benefícios fiscais da empreitada. Nos termos do artigo 150 da Constituição, templos de qualquer culto são imunes a todos os impostos que incidam sobre o patrimônio, a renda ou os serviços relacionados com suas finalidades essenciais, as quais são definidas pelos próprios criadores.

Ou seja, se levássemos a coisa adiante, poderíamos nos livrar de IPVA, IPTU, ISS, ITR e vários outros “Is” de bens colocados em nome da igreja.


Há também vantagens extratributárias. Os templos são livres para se organizarem como bem entenderem, o que inclui escolher seus sacerdotes. Uma vez ungidos, eles adquirem privilégios como a isenção do serviço militar obrigatório (já sagrei meus filhos Ian e David ministros religiosos) e direito a prisão especial.

Alguns curiosos nomes de “igrejas” no Brasil…

- Igreja da Água Abençoada
- Igreja Adventista da Sétima Reforma Divina
- Igreja da Bênção Mundial Fogo de Poder
- Congregação Anti-Blasfêmias
- Igreja Chave do Éden
- Igreja Evangélica de Abominação à Vida Torta (????)
- Igreja Batista Incêndio de Bênçãos
- Igreja Batista Ô Glória!
- Congregação Passo para o Futuro
- Igreja Explosão da Fé
- Igreja Pedra Viva
- Comunidade do Coração Reciclado
- Igreja Evangélica Missão Celestial Pentecostal
- Cruzada de Emoções
- Igreja C.R.B. (Cortina Repleta de Bênçãos)
- Congregação Plena Paz Amando a Todos
- Igreja A Fé de Gideão
- Igreja Aceita a Jesus
- Igreja Pentecostal Jesus Nasceu em Belém (do Pará?????)
- Igreja Evangélica Pentecostal Labareda de Fogo
- Congregação J. A. T. (Jesus Ama a Todos)
- Igreja Evangélica Pentecostal a Última Embarcação Para Cristo (quem
perder vai ficar!!!)
- Igreja Pentecostal Uma Porta para a Salvação
- Comunidade Arqueiros de Cristo
- Igreja Automotiva do Fogo Sagrado
- Igreja Batista A Paz do Senhor e Anti-Globo
- Assembléia de Deus do Pai, do Filho e do Espírito Santo
- Igreja Palma da Mão de Cristo
- Igreja Menina dos Olhos de Deus
- Igreja Pentecostal Vale de Bênçãos
- Associação Evangélica Fiel Até Debaixo D’Água ( Corinthiano???????)
- Igreja Batista Ponte para o Céu
- Igreja Pentecostal do Fogo Azul
- Comunidade Evangélica Shalom Adonai, Cristo!
- Igreja da Cruz Erguida para o Bem das Almas
- Cruzada Evangélica do Pastor Waldevino Coelho, a Sumidade
- Igreja Filho do Varão (Opa!!! Se puxar o pai vai se dar bem!!!!)
- Igreja da Oração Eficiente
- Igreja da Pomba Branca
- Igreja Socorista Evangélica
- Igreja ‘A’ de Amor
- Cruzada do Poder Pleno e Misterioso
- Igreja do Amor Maior que Outra Força
- Igreja Dekanthalabassi
- Igreja dos Bons Artifícios
- Igreja Cristo é Show
- Igreja dos Habitantes de Dabir
- Igreja ‘Eu Sou a Porta’
- Cruzada Evangélica do Ministério de Jeová, Deus do Fogo
- Igreja da Bênção Mundial
- Igreja das Sete Trombetas do Apocalipse
- Igreja Barco da Salvação
- Igreja Pentecostal do Pastor Sassá
- Igreja Sinais e Prodígios
- Igreja de Deus da Profecia no Brasil e América do Sul
- Igreja do Manto Branco
- Igreja Caverna de Adulão
- Igreja Este Brasil é Adventista
- Igreja E.T.Q.B (Eu Também Quero a Bênção) (????????)
- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus
- Igreja Cenáculo de Oração Jesus Está Voltando
- Ministério Eis-me Aqui
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia
- Igreja Evangélica A Última Trombeta Soará
- Igreja de Deus Assembléia dos Anciãos
- Igreja Evangélica Facho de Luz
- Igreja Batista Renovada Lugar Forte
- Igreja Atual dos Últimos Dias
- Igreja Jesus Está Voltando, Prepara-te
- Ministério Apascenta as Minhas Ovelhas
- Igreja Evangélica Bola de Neve
- Igreja Evangélica Adão é o Homem
- Igreja Evangélica Batista Barranco Sagrado
- Ministério Maravilhas de Deus
- Igreja Evangélica Fonte de Milagres
- Comunidade Porta das Ovelhas
- Igreja Pentecostal Jesus Vem, Você Fica (Você senta, Jesus levanta????)
- Igreja Evangélica Pentecostal Cuspe de Cristo
- Igreja Evangélica Luz no Escuro
- Igreja Evangélica O Senhor Vem no Fim (Só no fim?????)
- Igreja Pentecostal Planeta Cristo
- Igreja Evangélica dos Hinos Maravilhosos
- Igreja Evangélica Pentecostal da Bênção Ininterrupta
- Assembléia de Deus Batista A Cobrinha de Moisés
- Assembléia de Deus Fonte Santa em Biscoitão
- “Igreija” Evangélica Muçulmana Javé é Pai
- Igreja Abre-te-Sésamo
- Igreja Assembléia de Deus Adventista Romaria do Povo de Deus
- Igreja Bailarinas da Valsa Divina
- Igreja Batista Floresta Encantada
- Igreja da Bênção Mundial Pegando Fogo do Poder
- Igreja do Louvre
- Igreja ETQB, Eu Também Quero a Bênção
- Igreja Evangélica Batalha dos Deuses
- Igreja Evangélica do Pastor Paulo Andrade, O Homem que Vive sem
Pecados (é o Cristo em pessoa!!)
- Igreja Evangélica Idolatria ao Deus Maior
- Igreja MTV, Manto da Ternura em Vida
- Igreja Pentecostal Marilyn Monroe (???????)
- Igreja Quadrangular O Mundo É Redondo
- Igreja Evangélica Florzinha de Jesus (Londrina – PR)
- Igreja Pentecostal Trombeta de Deus (Samambaia – DF)
- Igreja Pentecostal Alarido de Deus (Anápolis – GO)
- Igreja pentecostal Esconderijo do Altíssimo (Anápolis – GO)
- Igreja Batista Coluna de Fogo (Belo Horizonte – MG)
- Igreja de Deus que se Reúne nas Casas (Itaúna – MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal a Volta do Grande Rei (Poços de Caldas – MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Creio Eu na Bíblia (Uberlândia – MG)
- Igreja Evangélica a Última Trombeta Soará (Contagem – MG)
- Igreja Evangélica Pentecostal Sinal da Volta de Cristo (Três Lagoas – MS)
- Igreja Evangélica Assembléia dos Primogênitos (João Pessoa -PB)
- Ministério Favos de Mel (Rio de Janeiro – RJ)
- Assembléia de Deus com Doutrinas e sem Costumes (Rio de Janeiro – RJ)
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Rir ou chorar? Qual a intenção, origem e motivação por trás de tanta
“diversidade”? "

sábado, 17 de abril de 2010

Audiência Pública: Porto Sul

Não houve grandes novidades na audiência pública promovida pelo IBAMA para debater o Porto Sul.

Houve uma chuva de argumentações de parte a parte, todas previsíveis, pois os argumentos já estavam postos desde há muito (e viva a Internet, parceira a cada dia mais indispensável para a democratização do acesso à informação de forma plural e não oligopolizada).

E o projeto ficou como estava, com a aprovação da maioria das pessoas presentes, mas a veemente - e nada desprezível pois não se deve negar à minoria o direito de argumentar e propor - desaprovação de um bom grupo também.

A única coisa digna de menção foi a ação do Ministério Público Federal, que tentou (porque?) inviabilizar a audiência e apresentou um documento que condena o projeto, por razões ambientais.

Não ficou muito claro se o MPF recomenda que o projeto seja revisto, ou que seja cancelado. O procurador disse, segundo relatos: "vamos até o fim".

E ele deve ir mesmo, se essa é a sua consciência.

Mas é de se lamentar que o Ministério Público tenha participado tão pouco das discussões até então, para apresentar-se apenas como "elemento surpresa". Acho que seria melhor se fosse diferente: o MPF deveria posicionar-se com antecedência, e divulgar suas posições, para que todos tomemos conhecimento. Enriqueceria mais o debate, favoreceria mais a democracia.

Ainda hoje, já alguns dias depois, pouco ou nada se sabe do exato teor do documento do MPF. O que se pretende? Modificações? Adequações? Cancelamento do projeto?

De toda a sorte, não cabe ao MPF a decisão final. Esta será obtida após ajuizamento de ação junto à corte local. Mas provavelmente somente uma sentença do STF é que dará por encerrada esta celeuma.

Penso que o MPF não tem intenção de cancelar o projeto. Mas não possuo conhecimento o suficiente para afirmar nada categoricamente. Todavia, com certeza o MPF interporá entraves que, no mínimo, gerarão paralizações e atrasos ao projeto.

Como não se pode negar aos promotores o direito de interpor ações que, em sua consciência, eles julguem ser do interesse coletivo, e é bom que seja assim, então só nos resta lamentar, como os franceses.

C´est la Vie.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Jornada de Regresso

Foram quatro longos anos. Um doutorado quase terminado. Muitas perdas. Algumas conquistas.

Agora é a hora de dizer "Ciao Campina Grande". Minha querida Rainha da Borborema, cidade maravilhosa pela qual terei eternos carinho e gratidão.



Agora é a hora de recomeçar tudo. Assim, tenha-me bem vindo, Ilhéus. Sei que tirarei daí tudo o que preciso para reconstruir e construir.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bem feito para o Vasco

Eu não torço para o Flamengo. O único time que habita meu coração é o Vitória. Confesso que nutro alguma simpatia pelo tri-campeão carioca porque a minha família é, em sua imensa maioria, formada por flamenguistas. Aí a gente acaba incorporando um pouco.

Mas há uma prova irrefutável de que eu não sou flamenguista: eu gosto do Vasco da Gama. Acho bonita a história do clube, e o apego às suas origens. Daí que me sinto confortável em dizer: bem feito para o Vasco.

O Vasco possui o mais belo escudo entre todos os clubes do Brasil. O desenho estilizado da caravela portuguesa, com destaque para a cruz de malta na vela é mesmo ímpar. Não é apenas a composição de um escudo. É um trabalho artístico.



E em conseqüência do escudo, a composição do uniforme tradicional do time, camisa branca com uma faixa negra transversal, ou camisa negra com uma faixa branca transversal também se alinha, fugindo das composições comuns de faixas verticais/horizontais ou cores únicas, entre os mais belos uniformes.

A faixa transversal remete o pensamento de quem a vê àquela faixa comemorativa que os só os campeões recebem. No caso da equipe carioca, seu padrão era uma referência, uma mensagem subliminar: envergar aquele uniforme é uma recompensa, uma honra, uma conquista.





E eis que a arte é substituída por um uniforme bisonho, que despreza as cores preto e branco, tradicionais do time (aliás, desprezar as cores tradicionais é coisa que muitas equipes já fizeram: Vitória, Corinthians, Palmeiras... deve haver alguns que não me lembro) e compõe um visual totalmente sem sentido. A Cruz de Malta se tornou uma cruz comum, perdendo a característica de ser totalmente simétrica, e foi desenhada - em vermelho – por cima do uniforme branco.



Ficou parecendo um ataúde. Digno do destino que o clube teve neste campeonato carioca.

Por isso eu digo: já que abriu mão do Belo, cuspiu na própria História e desprezou a Arte, de minha parte eu achei muito bem feito o que aconteceu ao Vasco da Gama.

E enquanto o velho uniforme não for recuperado vou continuar torcendo contra. Não é nada pessoal contra o Vasco.

É contra a feiúra.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Resposta ao Sr. Penha

No blog do Gusmão há algumas apreciações do Sr. Marcos Penha, ele que tem sido um indelével e, aparentemente, cada vez mais raro, defensor da idéia de que o Complexo Intermodal não deve ser construído. O texto pode ser lido aqui.

Em primeiro lugar, vamos deixar bem claro o seguinte: defendo inteiramente o direito do Sr. Marcos Penha de dizer o que pensa, embora reserve-me o direito de discordar do que julgar improcedente.

Assim, sendo, gostaria de ressaltar, e ponderar, algumas das colocações do Sr. Penha.

Primeiro, comentando sobre a audiência pública para a FIOL (Ferrovia Integração Oeste Leste), a qual acabou sendo um tanto tumultuada por pessoas que queriam protestar contra o Porto Sul, portanto estavam no lugar errado, no debate errado, na hora errada, o Sr. Penha disse que "As questões colocadas não foram respondidas, a contento, pelos representantes da Valec (...) As respostas recorrentes eram 'não sei' e 'tá no site', dentre outras identicamente estapafúrdias"

Eu não classificaria de estapafúrdias as respostas. Primeiro porque foram respondidas, sim, a maioria das questões. E, por incrível que pareça, não foram formuladas as perguntas mais importantes - provavelmente porque estão muito bem respondidas no RIMA. Algumas respostas ficaram incompletas, porque as perguntas foram cuidadosamente selecionadas para que a respostas dependessem de detalhes muito específicos, e o material não estava disponível no instante. Uma falha, provavelmente. Mas nada imperdoável. Sobre o mais importante, que é a idéia geral do impacto ambiental, e das compensações a respeito, não restaram dúvidas. Assim, parece-me grosseiro chamar as respostas de "estapafúrdias".

De mais a mais, o problema não está mais no impacto ambiental - note que o foco da discussão já mudou. Está no impacto econômico.

Ambas as questões são relevantes. E há medidas prometidas - algumas já sendo levadas a cabo - como qualificar mão de obra local para a execução dos projetos e posterior aproveitamento no empreendimento.

Não vejo muito onde discutir mais a essas alturas. O que não significa que o problema está resolvido. Claro que não. Porque até agora o que se tem são apenas promessas. O próprio Complexo Intermodal ainda é uma promessa, nada mais. Cabe-nos, e aí eu acho que os ativistas ambientais serão de grande valia, uma fiscalização rigorosa do que está sendo executado, e como. Infelizmente, apesar de aparecer muito organizadamente nos protestos e nas manifestações contra o Complexo Intermodal, pouco vejo os ambientalistas atuando como fiscais. Fica parecendo que, se o projeto for levado a cabo, então seu interesse acabou. Tomara que seja só uma impressão minha.

"Caso o projeto venha a se concretizar, sem dúvida, haverá maioria de perdedores formada por gente sem qualificação profissional."

Eu acho interessante as frases que incluem um nível tão grande de certeza sobre o futuro. Afirmações carregadas de convicção, mas sem maiores fundamentos, pelo simples fato de que prever o futuro é algo que ainda não nos é dado, pobres mortais. "Sem dúvidas" este é um problema potencial que pode ocorrer. "Sem dúvidas" há alternativas para que esse problema seja evitado, ou minimizado. "Sem dúvidas" é possível fazer o projeto de maneira adequada. Mas não há como se dizer "Sem Dúvidas" que ele esta fadado ao fracasso (ou ao sucesso). Isso depende ainda de toda uma série de circunstâncias e decisões.

O Complexo Intermodal pode dar certo, sim. Pode ser uma excelente alternativa para esta região falida e sem esperanças. Concretamente, é uma saída viável para que a economia cresça e se diversifique. Para que Ilhéus e região deixe de ter mais de 30% de sua população abaixo da linha da pobreza. Para que a prefeitura possa ter capacidade de investimento em saneamento, saúde e educação, a fim de corrigir as enormes distorções sociais e econômicas que bloqueiam totalmente o desenvolvimento da cidade, atendendo a toda uma população de miseráveis, ou quase miseráveis, que não encontra nenhuma ONG nem tampouco nenhum ativista para denunciar. Todavia, nada se realizou ainda. Portanto não tenho certeza de que será. Assim como ninguém pode ter certeza de que não será. Qualquer afirmação nesse sentido é, no mínimo, descuidada.

"Podemos traçar, tranquilamente, o perfil dos defensores do complexo intermodal: grandes investidores estrangeiros, políticos com mandato (principalmente), os que defendem interesses particulares e os enganados por conta de promessas hipoteticamente alvissareiras. Esses últimos, por não usarem o raciocínio e estarem na lanterna dos afogados, funcionam como papagaios, que só repetem as ‘vantagens’ futuras alardeadas. Nesse grupo, há quem adore falar palavra tipo intermodal, sem ao menos saber o significado, só pelo motivo de achá-la bonita."

Intermodal, ou Multimodal, significa que o complexo vai estar apto a operar o entrelaçamento de várias modalidades de transporte, composto de porto, retroárea portuária, ferrovia, rodovia, aeroporto, terminais turísticos e de carga alfandegado. No caso, multimodal parece a palavra mais adequada ao contexto.

Não sou nenhum gênio. E, apesar de não me sentir ofendido, quero deixar bem claro que me surpreendi muito ao descobrir que sou uma pessoa do tipo que "por não usarem o raciocínio e estarem na lanterna dos afogados, funcionam como papagaios, que só repetem as ‘vantagens’ futuras alardeadas". Eu me achava um pouco mais inteligente do que isso. Acho que me enganei. Eu e muitas outras pessoas.

Não obstante, poderíamos também traçar o perfil dos que são contra o complexo intermodal: grandes investidores estrangeiros, que possuem terras e/ou empreendimentos na região. Ou seja, há grandes investidores interessados tanto na execução quanto no cancelamento do projeto. Apesar de estarem em posições inconfessáveis, ressalto que ambos possuem o legítimo direito de defender seus interesses.

Mas eu entendo que há pessoas que são legitimamente contra o projeto. Porque acreditam que ele trará menos benefícios do que prejuízos. A diferença é que, no meu entender, isso não as qualifica como intelectualmete inferiores, nem superiores. Apenas pessoas que pensam diferente. Convencíveis ou não pelos argumentos.

"hoje, sob comando de governos civis, vem-se com a ideia de que a decisão partiu de cima e que não adianta questionar, apenas aceitar."

Acho que o Sr. não viveu, não se lembra, ou não conheceu muito bem o que foram os anos de chumbo. Naqueles tempos o Sr. ou eu não estaríamos escrevendo nossas opiniões impunemente. Não haveria audiência pública, e qualquer manifestante contrário à vontade do governo ia para a cadeia. Simples assim. Alguns, mais incômodos, acabavam "suicidados".

Hoje vivemos uma realidade muitíssimo diferente. Não se pode negar.

Democracia é um espaço onde as idéias e os argumentos podem ser postos livremente. O direito que nos é garantido é o da Livre Expressão. Mas precisamos entender que não há nenhuma garantia democrática de que as pessoas concordarão com nosso ponto de vista. No caso, aparentemente, a maioria das pessoas acredita que o Complexo Intermodal pode ser um paleativo importante para essa pobre região ex-cacaueira. Isso não é imposição, não é ditadura. Talvez, segundo o senhor Marcos Penha, seja falta de intelecto, ou algum atributo que só se vê na lanterna dos afogados. Isso eu não sei.

"qualquer um pode saber quem é, hoje, o maior mentiroso do mundo. Basta acessar o Google ( http://www.google.com.br/ ), digitar a palavra mentiroso e depois clicar “estou com sorte”. Aparecerá a figura do cabra com seu respectivo vasto currículo. Confira. Como dica, lembro que a mentira tem perna curta. Tem perna curta, barba branca, língua presa e falta um dedo. É o que diz a sabedoria popular."

Eu já teci inúmeras críticas ao presidente Lula, ao governador Wagner e ao Prefeito Newton. Inclusive cobrando promessas não cumpridas. Mas acho que uma ofensa pessoal não deveria caber num debate saudável. Opinião minha, muito particular, naturalmente.

Não obstante, associar o nome de uma pessoa, de uma empresa ou de um país a certas palavras do Google não é difícil. O algoritmo é simples: o Google "vende" palavras. Quanto mais se paga para associar um endereço, ou um grupo de endereços eletrônicos a uma ou mais palavras, maior relevância esse(s) endereço(s) terá(ão) quando houver uma busca. Se eu tivesse dinheiro o suficiente, e mais flexibilidade de caráter, poderia colocar qualquer nome associado a qualquer palavra.

Assim sendo, não se trata de nenhuma sabedoria popular. Apenas sabedoria dos que usaram o Google como arma política.

O Vitória nas Pistas

Para nós, torcedores rubro-negros, que já víamos o Bahia participando da copa Mini Challenge (uma participação discreta, é verdade, mas estava lá), é uma grande notícia.

Eu era um dos que duvidava. Mas parece que a parceria de equipes de Futebol com os esportes a motor são frutuosas. Unem os dois esportes mais populares do planeta.

No meu caso, meu esporte preferido e meu time preferido.

Racionalmente eu sei que não dá para ter grandes esperanças. Diego Freitas não é nenhum Ayrton Senna. Sequer um Cacá Bueno.

Mas, seja em que categoria for, será legal ver o Vitória acelerando nas pistas.

A notícia original pode ser lida aqui.


Vitória faz parceria com Freitas para formar equipe no automobilismo


O clube baiano terá participação ativa na carreira de Diego Freitas, que pode competir tanto no Brasil quanto no exterior nesta temporada

Warm Up

Seguindo o caminho do Corinthians e do rival Bahia, o Vitória vai entrar o automobilismo em 2010. A equipe baiana, 25 vezes campeã estadual, divulgou seu ingresso no esporte a motor através de uma parceria com Diego Freitas nesta quarta-feira (8) em entrevista coletiva realizada em Salvador.

O clube terá participação ativa na carreira do baiano, que, em razão dos objetivos traçados por seu novo parceiro, ainda não definiu em qual dos campeonatos nacionais competirá em 2010. Vice-campeão da F-Renault no Brasil, Diego disputou parte das temporadas de 2008 e 2009 da Copa Vicar e tornou-se o primeiro brasileiro a competir na Ginetta Cup, na Inglaterra.

"Estou muito orgulhoso por ter sido escolhido pelo Vitória para esta parceria com o automobilismo. Assim como acontece com os jogadores da equipe, vou procurar honrar a camisa do clube nesta temporada. Existe uma chance muito boa de corrermos na Stock Car e também de participarmos de algumas corridas na Europa. Tudo isso, no entanto, será discutido em conjunto com o clube, que terá grande participação nas decisões relacionadas à minha carreira de agora em diante", declarou Freitas.

A associação com o automobilismo integra as comemorações pelos 111 anos do Vitória, que venceu oito dos dez últimos campeonatos estaduais e foi considerado o principal clube baiano desta década. O anúncio da "contratação" de Diego Freitas para o elenco foi feita pelo diretor de marketing do Vitória, Ricardo Azevedo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Il Drago è morto

É. Triste quarta-feira foi esta última para o Futebol do Sul da Bahia. Particularmente para o Itabuna Esporte Clube.

Não teremos o mais tradicional representante grapiúna no certame de 2011. Il Drago è morto.

E os Ilheenses também não tem muito a comemorar: pois La tigre è addomesticato. Como um gatinho franzino, ficou na décima posição. Precisamente a última dos que se salvam na bacia das almas.

O Futebol do Sul da Bahia precisa ser levado mais a sério. Porque o tempo das equipes semi-amadoras que permaneciam indeterminadamente no campeonato baiano, a exemplo do Redenção, Botafogo, Serrano, Bahia de Feira (o dos anos 80), Catuense, etc. já se foi. Hoje o nível é muito mais elevado. Vitória da Conquista, Bahia de Feira (o deste século 21) são os exemplos a serem seguidos.

Chora, Dragão. A perda é dura. Mas levanta a cabeça, aprende e recomeça. Espero vê-lo campeão do torneio de acesso em 2011, o que deixará orgulhosos todos os itabunenses. Então o que se sofre hoje será passado.

E tu, Tigre, vê teu adversário e percebe que não estás livre da mesma sorte. Pois foi, aliás, um bom bocado de sorte que pôs o Dragão, e não tu mesmo ali.

Estimo melhoras aos dois moribundos.

terça-feira, 6 de abril de 2010

"Nice" Malásia

Este GP da Malásia foi, de longe, o mais legal que eu assisti nos últimos tempos. Uma corrida com muitas ultrapassagens, embora nenhuma pelas três primeiras posições, e muitas brigas por posição – que a ultrapassagem é bonita, mas a defesa do adversário também é uma atração à parte, e não é trabalho simples de se fazer. Perguntem a Adrian Sutil e a Jenson Button.

E deixou uma coisa muito clara, para mim. Aliás, aparentemente contraditórias, foram duas as coisas que ficaram claras.

Primeiro, que este será um campeonato bastante disputado. Porque há um certo equilíbrio entre as 3 maiores equipes, com a Mercedes e a Force Índia tentando se juntar ao grupo, e em nenhuma delas há um piloto preferido. Logo, a luta será franca entre Vettel, Webber, Massa, Alonso, Button e Hamilton.

Segundo, que o campeão será Sebastien Vettel. É uma aposta, claro. Mas eu posso justificar minha apreciação: Vettel está guiando com muita consistência, e sua Liz Gostosa (ele sempre põe nome de mulher nos carros que guia, chama o seu Red Bull 2010 de Hot Liz. Foi a melhor tradução que eu achei) é o carro mais rápido do Grid até agora.

Claro, ainda tem muitas corridas, as equipes não estão paradas: em suas sedes o trabalho com certeza é frenético. Antes da temporada européia começar haverão muitas alterações mecânicas e aerodinâmicas em todos os carros, e muita coisa pode mudar.

Por isso Vettel me parece uma aposta boa. Porque apesar de esperar alternâncias de desempenho a cada corrida (como foi até agora, com a Ferrari fazendo dobradinha na primeira prova, a Mclarem dominando a segunda e a Red Bull destruindo a concorrência na terceira), parece que a equipe Suíça, com sede na Inglaterra (vai entender isso), estará com uma pequena vantagem média durante toda a temporada, ainda que inferiorizada aqui e acolá. E Vettel tem braço para fazer a pequena diferença que faltar.

E com todas essas variáveis, o GP da Malásia mostrou-se uma corrida exuberante. Com a exuberância de Lewis Hamilton, vindo das últimas filas, e ganhando posições uma a uma, escalando na tabela de posições até encontrar o insuperável Sutil e sua Force Índia.

Eu acho Hamilton um piloto espetacular. No sentido etimológico da palavra: piloto que dá espetáculo. Vai para cima dos adversários, divide curvas, não tem medo de errar, arrojado e audacioso. Não consigo vê-lo guiar sem lembrar de um certo tri-campeão mundial que o Brasil teve, mas que morreu tragicamente numa curva da vida.

Foi bom de ver a consistência de Felipe Massa, que soube tirar o máximo de sua Ferrari, e acabou beneficiado com o abandono de seu colega de equipe para superá-lo na tabela e assumir a ponta do campeonato. Felipe e Alonso, os dois ferraristas, são os atuais líderes do certame. Mas a Ferrari ainda mostra dificuldades na confiabilidade – Felipe e Alonso já estão com um motor e um câmbio parcialmente encostados, e Alonso já mandou outro motor para a Terra de Hade.

Don Fernando, aliás, foi o melhor de se ver na corrida. Aparentemente apagado, na verdade Alonso vinha lidando com um problema de embreagem e/ou câmbio (a Ferrari não esclareceu) desde a volta de apresentação. O que o fez largar mal. O que o fez ter que lidar com a caixa de câmbio de maneira peculiar: passando as marchas “no tempo”. Durante toda a corrida. E ainda assim andou no mesmo ritmo de Felipe Massa, até que o motor, sempre sacrificado ao ser submetido às altas rotações inerentes a cada mudança "no tempo" – principalmente em baixas velocidades – acabou quebrando.

Isso, porém, não tira o brilho da prova que o espanhol fez. Dadas as condições, e guardadas as proporções, foi uma das melhores atuações que eu já vi um piloto fazer na Fórmula 1. Infelizmente não foi por causa de ultrapassagens ou manobras mirabolantes. Não foi “espetacular”. Mas foi digna dos grandes mestres, sem nenhuma dúvida. Alonso está ocupando rapidamente o posto de piloto principal da equipe, a despeito do carisma e da qualidade de Felipe Massa. Alonso está crescendo na Ferrari, não pela carreira, nem pelos títulos ou patrocinadores. Apenas porque é o melhor piloto do mundo na atualidade. Simples assim.

E o destaque negativo, infelizmente, vai para Bruno Senna. Ou o Senna B (um amigo meu havia me alertado: houve o Senna A, de Ayrton. Esse aí é um Senna B, de Bruno). Deixa eu explicar o meu ponto de vista, antes que se gere alguma polêmica.

Ao contrário de Lucas di Grassi, o outro brasileiro estreante, Senna não divide a pista com um piloto reconhecidamente rápido e experiente, como Timo Glock. Seu colega de equipe é o novato indiano Karun Chandhock. Na prova do Bahrein, enquanto Senna testou durante toda a sexta-feira e no sábado pela manhã, Karun guiou o carro da Hispania apenas para a classificação. Ficou a apenas dois segundos do brasileiro. Na prova da Austrália, a diferença havia caído para 0,1s. E Bruno sempre tendo a preferência nos testes. E Chandhock conseguiu levar o carro até o final em Melbourne.

Na Malásia, Senna já viu Chandhock classificar o carro à frente, e terminar a corrida com mais de 17 segundos de vantagem. Não está dando para ficar muito entusiasmado com Bruno. Pelo menos por enquanto.

Mas ainda faltam muitas corridas, as equipes e os pilotos ainda tem muito para fazer, sofrer e mostrar. Talvez Bruno se mostre digno do sobrenome, afinal. Talvez Vettel não seja o campeão. Talvez Massa supere Alonso, pois já passou com sucesso por apertos similares no passado.

Talvez. Mas eu aposto que não.

sábado, 3 de abril de 2010

Eros e Psique

Adoro Mitologia. Os contos dos gregos então... maravilhosos! Deixem-me compartilhar um dos meus preferidos. Que fala da curiosidade sedutora e inconseqüente, da confiança que o Amor (chamado de Eros) exige. Que fala de superação e de solidariedade. Esta versão eu encontrei aqui.

Eros e Psique

Psique era a mais nova de três filhas de um rei de Mileto e era extremamente bela. Sua beleza era tanta que pessoas de várias regiões iam admirá-la, assombrados, rendendo-lhe homenagens que só eram devidas à própria Afrodite.

Profundamente ofendida e enciumada, Afrodite enviou seu filho, Eros, para fazê-la apaixonar-se pelo homem mais feio e vil de toda a terra. Porém, ao ver sua beleza, Eros apaixonou-se profundamente.
O pai de Psique, suspeitando que, inadvertidamente, havia ofendido os deuses, resolveu consultar o oráculo de Apolo, pois suas outras filhas encontraram maridos e, no entanto, Psique permanecia sozinha. Através desse oráculo, o próprio Eros ordenou ao rei que enviasse sua filha ao topo de uma solitária montanha, onde seria desposada por uma terrível serpente. A jovem aterrorizada foi levada ao pé do monte e abandonada por seu pesarosos parentes e amigos. Conformada com seu destino, Psique foi tomada por um profundo sono, sendo, então, conduzida pela brisa gentil de Zéfiro a um lindo vale.
Quando acordou, caminhou por entre as flores, até chegar a um castelo magnífico. Notou que lá deveria ser a morada de um deus, tal a perfeição que podia ver em cada um dos seus detalhes. Tomando coragem, entrou no deslumbrante palácio, onde todos os seus desejos foram satisfeitos por ajudantes invisíveis, dos quais só podia ouvir a voz.

Chegando a escuridão, foi conduzida pelos criados a um quarto de dormir. Certa de ali encontraria finalmente o seu terrível esposo, começou a tremer quando sentiu que alguém entrara no quarto. No entanto, uma voz maravilhosa a acalmou. Logo em seguida, sentiu mãos humanas acariciarem seu corpo. A esse amante misterioso, ela se entregou.. Quando acordou, já havia chegado o dia e seu amante havia desaparecido. Porém essa mesma cena se repetiu por diversas noites.

Enquanto isso, suas irmãs continuavam a sua procura, mas seu esposo misterioso a alertou para não responder aos seus chamados. Psique sentindo-se solitária em seu castelo-prisão, implorava ao seu amante para deixá-la ver suas irmãs. Finalmente, ele aceitou, mas impôs a condição que, não importando o que suas irmãs dissessem, ela nunca tentaria conhecer sua verdadeira identidade.
Quando suas irmãs entraram no castelo e viram aquela abundância de beleza e maravilhas, foram tomadas de inveja. Notando que o esposo de Psique nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade. Embora advertida por seu esposo, Psique viu a dúvida e a curiosidade tomarem conta de seu ser, aguçadas pelos comentários de suas irmãs.

Seu esposo alertou-a que suas irmãs estavam tentando fazer com que ela olhasse seu rosto, mas se assim ela fizesse, ela nunca mais o veria novamente. Além disso, ele contou-lhe que ela estava grávida e se ela conseguisse manter o segredo ele seria divino, porém se ela falhasse, ele seria mortal.

Ao receber novamente suas irmãs, Psique contou-lhes que estava grávida, e que sua criança seria de origem divina. Suas irmãs ficaram ainda mais enciumadas com sua situação, pois além de todas aquelas riquezas, ela era a esposa de um lindo deus. Assim, trataram de convencer a jovem a olhar a identidade do esposo, pois se ele estava escondendo seu rosto era porque havia algo de errado com ele. Ele realmente deveria ser uma horrível serpente e não um deus maravilhoso.
Assustada com o que suas irmãs disseram, escondeu uma faca e uma lâmpada próximo a sua cama, decidida a conhecer a identidade de seu marido, e se ele fosse realmente um monstro terrível, matá-lo. Ela havia esquecido dos avisos de seu amante, de não dar ouvidos a suas irmãs.

A noite, quando Eros descansava ao seu lado, Psique tomou coragem e aproximou a lâmpada do rosto de seu marido, esperando ver uma horrenda criatura. Para sua surpresa, o que viu porém deixou-a maravilhada. Um jovem de extrema beleza estava repousando com tamanha quietude e doçura que ela pensou em tirar a própria vida por haver dele duvidado.
Enfeitiçada por sua beleza, demorou-se admirando o deus alado. Não percebeu que havia inclinado de tal maneira a lâmpada que uma gota de óleo quente caiu sobre o ombro direito de Eros, acordando-o.

Eros olhou-a assustado, e voou pela janela do quarto, dizendo:
- "Tola Psique! É assim que retribuis meu amor? Depois de haver desobedecido as ordens de minha mãe e te tornado minha esposa, tu me julgavas um monstro e estavas disposta a cortar minha cabeça? Vai. Volta para junto de tuas irmãs, cujos conselhos pareces preferir aos meus. Não lhe imponho outro castigo, além de deixar-te para sempre. O amor não pode conviver com a suspeita."

Quando se recompôs, notou que o lindo castelo a sua volta desaparecera, e que se encontrava bem próxima da casa de seus pais. Psique ficou inconsolável. Tentou suicidar-se atirando-se em um rio próximo, mas suas águas a trouxeram gentilmente para sua margem. Foi então alertada por Pan para esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros.
Por sua vez, quando suas irmãs souberam do acontecido, fingiram pesar, mas partiram então para o topo da montanha, pensando em conquistar o amor de Eros. Lá chegando, chamaram o vento Zéfiro, para que as sustentasse no ar e as levasse até Eros. Mas, Zéfiro desta vez não as ergueram no céu, e elas caíram no despenhadeiro, morrendo.

Psique, resolvida a reconquistar a confiança de Eros, saiu a sua procura por todos os lugares da terra, dia e noite, até que chegou a um templo no alto de uma montanha. Com esperança de lá encontrar o amado, entrou no templo e viu uma grande bagunça de grãos de trigo e cevada, ancinhos e foices espalhados por todo o recinto. Convencida que não devia negligenciar o culto a nenhuma divindade, pôs-se a arrumar aquela desordem, colocando cada coisa em seu lugar. Deméter, para quem aquele templo era destinado, ficou profundamente grata e disse-lhe:
- "Ó Psique, embora não possa livrá-la da ira de Afrodite, posso ensiná-la a fazê-lo com suas próprias forças: vá ao seu templo e renda a ela as homenagens que ela, como deusa, merece."
Afrodite, ao recebê-la em seu templo, não esconde sua raiva. Afinal, por aquela reles mortal seu filho havia desobedecido suas ordens e agora ele se encontrava em um leito, recuperando-se da ferida por ela causada. Como condição para o seu perdão, a deusa impôs uma série de tarefas que deveria realizar, tarefas tão difíceis que poderiam causar sua morte.

Primeiramente, deveria, antes do anoitecer, separar uma grande quantidade de grãos misturados de trigo, aveia, cevada, feijões e lentilhas. Psique ficou assustada diante de tanto trabalho, porém uma formiga que estava próxima, ficou comovida com a tristeza da jovem e convocou seu exército a isolar cada uma das qualidades de grão.
Como 2ª tarefa, Afrodite ordenou que fosse até as margens de um rio onde ovelhas de lã dourada pastavam e trouxesse um pouco da lã de cada carneiro. Psique estava disposta a cruzar o rio quando ouviu um junco dizer que não atravessasse as águas do rio até que os carneiros se pusessem a descansar sob o sol quente, quando ela poderia aproveitar e cortar sua lã. De outro modo, seria atacada e morta pelos carneiros. Assim feito, Psique esperou até o sol ficar bem alto no horizonte, atravessou o rio e levou a Afrodite uma grande quantidade de lã dourada.
Sua 3ª tarefa seria subir ao topo de uma alta montanha e trazer para Afrodite uma jarra cheia com um pouco da água escura que jorrava de seu cume. Dentre os perigos que Psique enfrentou, estava um dragão que guardava a fonte. Ela foi ajudada nessa tarefa por uma grande águia, que voou baixo próximo a fonte e encheu a jarra com a negra água.

Irada com o sucesso da jovem, Afrodite planejou uma última, porém fatal, tarefa. Psique deveria descer ao mundo inferior e pedir a Perséfone, que lhe desse um pouco de sua própria beleza, que deveria guardar em uma caixa. Desesperada, subiu ao topo de uma elevada torre e quis atirar-se, para assim poder alcançar o mundo subterrâneo. A torre porém murmurou instruções de como entrar em uma particular caverna para alcançar o reino de Hades. Ensinou-lhe ainda como driblar os diversos perigos da jornada, como passar pelo cão Cérbero e deu-lhe uma moeda para pagar a Caronte pela travessia do rio Estige, advertindo-a:
- "Quando Perséfone lhe der a caixa com sua beleza, toma o cuidado, maior que todas as outras coisas, de não olhar dentro da caixa, pois a beleza dos deuses não cabe a olhos mortais."

Seguindo essas palavras, conseguiu chegar até Perséfone, que estava sentada imponente em seu trono e recebeu dela a caixa com o precioso tesouro. Tomada porém pela curiosidade em seu retorno, abriu a caixa para espiar. Ao invés de beleza havia apenas um sono terrível que dela se apossou.
Eros, curado de sua ferida, voou ao socorro de Psique e conseguiu colocar o sono novamente na caixa, salvando-a.
Lembrou-lhe novamente que sua curiosidade havia novamente sido sua grande falta, mas que agora podia apresentar-se à Afrodite e cumprir a tarefa.

Enquanto isso, Eros foi ao encontro de Zeus e implorou a ele que apaziguasse a ira de Afrodite e ratificasse o seu casamento com Psique. Atendendo seu pedido, o grande deus do Olimpo ordenou que Hermes conduzisse a jovem à assembléia dos deuses e a ela foi oferecida uma taça de ambrosia. Então com toda a cerimônia, Eros casou-se com Psique, e no devido tempo nasceu seu filho, chamado Voluptas (Prazer).

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O curioso caso de Button

Essa eu peguei no Blog de Flávio Gomes (leia aqui).

Do início como jovem promessa na Williams, passando pelos anos duros na Benetton, Renault (piloto reserva, inclusive) e o indriveable Honda. Depois, assim como o homônimo do filme, todos vimos Jenson rejuvenescer a cada dia, mostrando que tinha cada vez mais forças, e muitas coisas para mostrar e para conquistar.


Afinal, valeram os anos de luta. O que não foi verdade para alguns pilotos que, com a mesma disposição e talento, não conseguiram o tão sonhado e merecido título mundial. Pilotos como Rubens Barrichello, Jean Alesi, Gehard Berger, Carlos Reutemann, Ronnie Petterson, e o mais famoso dos injustiçados não-campeões: Stirling Moss.

O destino é muitas vezes crudelíssimo. Mas acabou sorrindo para Button.