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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Crime no trânsito

Não há explicações para isso.



Não sei como os promotores e os causídicos vão se haver com o fato. Nem os magistrados, afinal a opinião que efetivamente importará.

Mas pessoalmente acho inaceitável que este cidadão tenha sequer o direito de responder ao processo em liberdade. A meu ver ele deliberadamente tentou matar dezenas de pessoas. Para ele o caminho imediato é a cadeia.

Não sei o resultado da proeza. Mas imagino que o saldo de feridos e, possivelmente, mortos, seja elevado.

Nada pode fazer-nos aceitar esta bestialidade.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dois pesos, duas medidas

Interessante observar o quase silêncio da grande mídia a respeito da revolta popular no Barhain.

A mesma imprensa que se cala, ou quase, frente à opressão dos líderes daquele país contra seu povo, meses atrás "denunciou" em páginas e editoriais inteiros o "golpe" que aconteceu na venezuela.

Ali o Presidente conseguiu, via emenda que tramitou legitimamente no congresso, modificar a constituição para que ele possa se candidatar e reeleger indefinidamente.

Os que acusam o golpe esquecem-se de que ele só se reelegerá de acordo com a vontade soberana do povo venezuelano. Pode-se criticar a modificação das regras do jogo, e evidentemente não parece correto dar ao presidente Chávez uma possibilidade de reeleição que ele não possuía quando foi eleito.

Ocorre que uma pergunta insiste: e porque no caso do Barhain as informações que chegam são omitidas?

Não fosse o cancelamento da corrida de Fórmula 1 - um sintoma de que as coisas por lá estão extremamente graves - e nós nem tomaríamos conhecimento, pela grande imprensa, das atrocidades que se cometem hoje naquele país.

Ali o governo, que não é eleito, não se submete ao julgamento popular e não está sujeito aos poderes legislativo e judiciário, simplesmente está afogando todo o movimento popular.

De maneira impiedosa, usando a força sem nenhum escrúpulo.



Porque uma manobra política na Venezuela é destaque manchetes e páginas por semanas ao passo em que a flagrante infração dos direitos políticos e humanos no Barhain some tão rápido da mídia?

Será que é porque o país oriental é aliado dos EUA e, portanto, "moderno", (leia aqui) enquanto a Venezuela representa o "modelo velho e ultrapassado"?

Ou estará velha esta velha imprensa que temos?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Algo de novo!

Vinícius Castro. Conheci por acaso, num programa da TV paga.

Brinca como poucos com as palavras.



Com a boa referência a Cazuza.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Também fui "pego"

Estou meio fora do ar nestes dias. É que, no embalo das manifestações contra Hosny Mubarak no Cairo, um outro egípcio, chamado Aedes, resolveu me pregar uma peça.



Hoje estou somando mais um caso às estatísticas de Dengue em Ilhéus.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

70 anos do Mestre

Nos últimos dias uma febre insistente e recorrente me impediu de postar aqui no Blog.

E me impediu de fazer, na data, a mais justa homenagem ao Mestre da Sanfona. Do Nordeste e do Brasil.

Dominguinhos. 70 anos de talento e excelentes serviços prestados à música brasileira.

Puro deleite.





quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O Aríete

Gostei do nome. E o Blog é bem legal. Notícias da cidade de Ilhéus e região. Fica aqui disponível o link.

Particularmente me alio à campanha em favor do Chopp Escuro. Cliquem aqui para ler.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Propaganda genial

Essa eu pequei lá no blog Agravo (aqui). Genial!


O rumo de Ilhéus

O recente movimento do grupo contrário ao Complexo Intermodal foi uma manifestação produzida por Paula Lavigne e acompanhada por alguns artistas, principalmente ligados à Rede Globo. A matéria pode ser lida aqui.

Em resposta, o grupo dos que apóiam o projeto propõe a indiferença, alegando que os artistas não sabem do que estão falando, não conhecem a realidade da região, não entendem a situação pré-falimentar pela qual passam as cidade de Ilhéus e região.

Assim, os que apóiam o Complexo Intermodal consideram que a manifestação não carece de resposta.

Acho que é exatamente o contrário. A força dos que estão do outro lado é muito maior do que se pensa. Amealharam aliados poderosos – embora nem sempre os mais recomendáveis – dentro da imprensa nacional. Apesar de estar minado pela Internet, não se deve subestimar o ainda imenso poder da grande mídia. A se ver os episódios das eleições presidenciais.

É importante contrapor a versão única que circula nos meios nacionais, particularmente na Rede Globo, mostrando o outro lado da história. Para o resto do Brasil parece que, por mero capricho, a cidade de Ilhéus vai destruir toda a sua Mata Atlântica. Parece que estão impondo isso contra toda a cidade. Parece que Ilhéus vai muito bem, mas que depois da instalação do Complexo a cidade vai se transformar num depósito de lixo. A Mata se tornará deserto.

É necessário mostrar ao país a outra versão dos fatos. Evidenciar que a imensa maioria da população de Ilhéus apóia o projeto. Deixar claro que a cidade não encontra alternativas econômicas para sua própria sobrevivência, e que as alternativas propostas continuarão levando a cidade em direção ao seu ocaso. Mostrar que o Complexo Intermodal não é incompatível com a preservação ambiental.

Ilhéus e região diminuem a cada dia. As receitas estão cada vez mais esparsas, a administração municipal com cada vez menos força. A cidade perde mais almas a cada aferição do IBGE. A região inteira está empobrecendo rápido e a olhos vistos. As pessoas vêem no Complexo uma esperança, uma chance.

Artistas, imprensa, políticos. Todos tem uma coisa em comum, ainda que por motivos diferentes: um enorme respeito pela opinião pública. Aí pode estar a alternativa a ser explorada.

Enquanto um dos lados dorme considerando a batalha vencida, o grupo do outro lado está se movendo rápido nos bastidores da mídia e da política em busca de reverter a atual decisão em favor do projeto. Eles já mostraram sua musculatura. Podem conseguir.

E Ilhéus terá que engolir uma decisão tomada de cima para baixo, condenando a cidade a permanecer na sua trajetória rumo ao naufrágio.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A Música Burra da Bahia

Hoje li uma reportagem no jornal ATARDE (aqui) que falava sobre as músicas baianas, agora que estamos a poucas semanas do carnaval. A reportagem dá conta de que “nos últimos anos, as letras, principalmente as de pagode, ficaram mais sexualizadas. ‘O que explica isso é a ditadura do sucesso. Podemos dizer que o axé é para dançar e o pagode é para esculhambar. O problema é que ele entrou num excesso, estão repetindo muito a forma’, diz Luís Caldas”. De fato, parece que a versão picante da música precisa estar em forte evidência hoje em dia. Não é mais um duplo sentido. Muitas vezes é um único sentido mesmo. O que não é ruim, a princípio. desde que o texto seja tratado com inteligência e bom gosto.

Moramos, mui felizmente, num estado que possui uma identidade cultural muito forte. Talvez ímpar em todo o país. Há uma grande percepção de “estar na Bahia” que nos cerca. O jeito colorido e despojado das pessoas se vestirem, o aroma dos quitutes das baianas e seus tabuleiros, o sotaque, as expressões, a religiosidade. É uma espécie de atmosfera baiana. Única e facilmente identificável.

Alguns anos atrás incluiria nesta atmosfera a música. O gingado, o ritmo, a alegria dos forrós, frevos, reggaes, sambas. E, claro, as letras. Incluindo seu duplo sentido e seu erotismo, evidentemente.

Pessoalmente não vejo problema nenhum com letras de duplo sentido. Nem mesmo com letras de sentido único. Pode ser engraçado, bonito, erótico, ou simplesmente agradável de ouvir e/ou dançar. Alguns ouvidos podem se incomodar com letras de duplo sentido, ou de sentido único. Os meus não. Nem mesmo letras eróticas ou meramente pornográficas me incomodam a princípio.

Entretanto, meus ouvidos se recusam a gostar do verso fácil, produzido a toque de caixa, com rimas pobres, forçadas ou mesmo inexistentes.

Ocorre que o sucesso alcançado pela música baiana nos anos 80 gerou uma grande indústria fonográfica que movimenta valores cada vez mais altos. Esta indústria, porém, precisa de matéria-prima para mover suas engrenagens. Música. A partir deste insumo movem-se as rádios com seus jabás, os blocos e suas cordas, as vendas de CD e DVD. Esta indústria da fonografia baiana precisa sempre de novas bandas, novas músicas, novas coreografias. Tudo isso em escala industrial, a fim de mover toda a sua engenharia.

Infelizmente não se produz música plantando, ou numa linha de produção. Pelo menos não se produz boa música assim. Isto posto, o resultado dessa demanda é a queda da qualidade.

Nada contra o duplo sentido. Mas este precisa ser construído com inteligência. O que atrai não é o sentido picante, é a descoberta deste sentido, inicialmente oculto atrás de uma letra mais inocente. É o humor, verdadeira "ginástica do cérebro" segundo Juca Chaves. Lembro de Luís Caldas cantando “Lá vem o Guarda, Guarda / Lá vem o Tira, Tira meu bem”. Depois que percebemos o duplo sentido, sorrimos. É agradável. Não é uma apelação evidente, frente a qual somos convidados a abandonar as faculdades cerebrais como em “Toma Negona, na boca e na Bochecha”.

Por outro lado, pode-se simplesmente abrir mão do duplo sentido. A letra pode ser simplesmente erótica, com sexualidade evidente. Pode ter palavrões, falar de sexo, de cópula, de órgãos sexuais. Isso não faz a letra ser ruim. Carlos Drummond de Andrade e Mário Quintana nos dão alguns exemplos (aqui e aqui). É fácil ver a beleza no texto de Drummond e o humor requintado no texto de Quintana. Nada a ver com o apelo simplório e imediato dos pagodes baianos de hoje.

A música baiana está sofrendo. Mas não é culpa do erotismo, ou da sexualidade. O problema é com o verso simplório, sem criatividade. É a letra que não apela ao pensamento, que pretende ser engraçada ou erótica, mas é apenas tola. Um tipo de besteirol musical. Eu, pessoalmente, passo. Não me agrada. Não é nada contra o erotismo, a sexualidade, mesmo o palavrão. É contra a burrice.

E, infelizmente, a música da Bahia está ficando burra.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Moto Legal de volta

O Jornal Moto Legal voltou. Em Dezembro eu tentei acessar e não consegui. Temi que eles não fossem aparecer mais.

Que bom que eu estava errado. Eles estão por aí de novo.

E o link para a página deles também está aqui de novo. Podem conferir aí à direita. Tem muita informação, dicas e uma montoeira de coisas úteis e legais para os motociclistas.

E eles ainda customizam o site, de vez em quando. Olhem como esta Yamaha ficou bonita!



Bom revê-los, rapazes.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Onde moram os acidentes

Tenho habilitação há mais de 15 anos. Guio automóveis e motocicletas em estradas, cidades, campo. Já sofri (pequenos, graças a Deus) e evitei acidentes. Já cometi erros, e já os vi serem cometidos. Tudo isso faz parte, humanos que somos, da difícil tarefa de conduzir veículos.

Por isso costumo ter muita paciência com os erros alheios e, no trânsito, tento me precaver frente ao inesperado. Que pode ser resultado de uma falha minha ou dos outros.

É que o erro faz parte do trânsito também. Não tem jeito. Temos que ter precaução, paciência e sorte.

Mas a condição em que este cidadão guia seu caminhão, em alguma rodovia do Brasil, com a criminosa cumplicidade do colega que filma é simplesmente assustadora.



Poucas vezes vi tão pouco respeito pela vida própria e alheia. Isso, para mim, é caso de cadeia.

Mas acho que não será possível identificar o motorista. Talvez em breve ele apareça, sem que o reconheçamos, como vítima ou protagonista de um "lamentável acidente".

Ou, como se vê, nem tão "acidente" assim.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O sabor do Chiclete

Parece que a relação custo/benefício do Show do Chiclete com Banana e da banda Aviões do Forró não agradou muito às pessoas.

Parece que foi ruim tanto para os "da geral" quanto para os que pagaram pelo camarote (leiam aqui e aqui).

Banheiros pequenos ou inadequados, bebida faltando, excesso de pessoas, pouca ventilação. As queixas foram inúmeras.

Lembro que nos anos 90 eu me deslocava todos os anos de Campina Grande para Salvador. Acho que foram 8 ou 9 viagens seguidas. Carnaval. Como normalmente eu vinha acompanhado, Chiclete com Banana era sempre uma opção a ser explorada. Na Paraíba eles são verdadeiros mitos.

Naqueles anos, no Carnaval soteropolitano, não havia pouco lugar para fazer xixi. Era simplesmente quase impossível fazer. Salvo alguns estabelecimentos, ou os parcos e imundos banheiros químicos que instalavam no Campo Grande, o resto era por conta e risco dos foliões.

Apalparem seus bolsos - ou partes mais críticas - em busca de uma carteira, ou de algum dinheiro, era lugar comum.

Ah! E também não era muita gente. Era uma densidade tão grande que várias vezes éramos comprimidos até que nossos pés deixassem, por alguns segundos, o solo.

Cerveja? Tinha. Pelo dobro do preço. Ou mais. Idem para refrigerante e água mineral. Tinha a famosa água de saquinho, mas ninguém sabia ao certo o resultado. As opções eram hepatite, esquistossomose, diarréia... impossível prever.

Mas eu ia. Todos os anos. E achava que valia à pena. Por um motivo simples: era de graça. Sempre fui "da pipoca". Achava muito mais divertido do que os blocos.

Hoje vejo, num show que custou caro (segundo os que compraram entrada, eu não estava lá), as pessoas serem submetidas às mesmas condições - senão piores - a que eu experimentava. Pagaram caro para ganhar o que se recebe de graça no carnaval de Salvador.

Tomara que as próximas experiências sejam melhores. Estou fortemente inclinado a assistir aos próximos eventos da Concha Acústica, mas começo a temer pela minha escolha.

Pelo menos os transtornos ao tráfego e ao sossego alheios - das pessoas que optaram por não ir ao show - foram poupados. Quem estava lá, e eventualmente tenha sofrido, o fez por escolha. Os que preferiram ficar em casa merecem sossego e conforto. As demais pessoas da cidade puderam transitar sem grandes impedimentos. Esse show do Chiclete, apesar de todos os inconvenientes internos, aparentemente não incomodou muito as demais pessoas da cidade.

O que, em Ilhéus, já é um grande avanço.