Pesquisar

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Não desceu

Outra coisa que este blog adiantou ainda no mês de Agosto (aqui) também aconteceu. O Bahia permanece na primeira divisão.


domingo, 27 de novembro de 2011

A coragem frente aos dados

É fácil falar. É fácil fazer frases de efeito. É fácil produzir vídeos irresponsáveis.

Basta ter os equipamentos, as pessoas, e uma emissora de TV de qualidade técnica excelente, e editorial relativa.

Difícil é falar a verdade apesar de tudo isso.

Crônica de uma morte anunciada


Ainda no mês de julho, portanto com cinco meses de antecedência, este Blog vaticinou que o time do Vitória não conseguiria seu acesso à série A.

As previsões tenebrosas, todavia verdadeiras, podem ser lidas aqui.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Baiano e os novos Caetanos

Havia esta disco na minha casa. Ficou nas minhas lembranças, e hoje deve estar servir à alegria da alma do assaltante que o levou.

Extraído de Luis Nassif (leia aqui)

Por Vânia
Baiano e os Novos Caetanos é o nome de um trio musical e humorístico composto pelos humoristas Chico Anysio, Arnaud Rodrigues e Renato Piau satirizando no título o conjunto Novos Baianos e o cantor Caetano Veloso. Nascida nos anos 70 como uma sátira ao tropicalismo, a dupla formada por Baiano e Paulinho Boca de Profeta (personagens de Chico Anísio e Arnauld Rodrigues, respectivamente, no humorístico Chico City) trazia em suas canções letras divertidas e engajadas e um instrumental de primeira, com belos arranjos de violões, sanfonas e cavaquinhos, entre outros instrumentos. Clássicos como "Vô Batê Pá Tu", que fala das delações na ditadura, e "Urubu Tá com Raiva do Boi", uma crítica à situação econômica do país e ao falso milagre econômico brasileiro, e a bela "Folia de Reis", fizeram de Baiano e Os Novos Caetanos um nome significativo no universo do samba-rock e da música rural.



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Será?

Será mesmo que Belo Monte vai afetar tantas pessoas assim?


Será mesmo que Belo Monte gera menos energia que usinas da Europa e dos EUA?


Será mesmo que Belo Monte vai destruir o parque nacional do Xingu?


Será mesmo que Belo Monte vai alagar a Amazônia?


Ou mesmo tudo isso é novela de ficção?

Este texto é uma compilação apressada do que pode ser lido em detalhes no endereço http://casatolerancia.blogspot.com/2011/11/belo-monte-noticia-ou-novela.html.

sábado, 19 de novembro de 2011

Globo contra Belo Monte

Nos anos 90 o Brasil viveu a época em que não podíamos crescer, gerar empregos e renda porque faltava energia.

Uma série de erros estratégicos que se acumularam por anos, mais a desastrosa política de privatização do setor energético que foi conduzida na época respondem por todo aquele momento difícil que o país viveu.

Faltava geração de energia, e no momento em que houve uma seca prolongada, o sistema baseado em poucas hidrelétricas não deu conta da demanda do país. O Brasil teve que racionar energia. As empresas tiveram que reduzir sua produção. Muitas pessoas foram demitidas. A economia do país encolheu.

A geração de energia é um problema muito mais difícil do que se pensa. Não é um mundo tão lindo como faz crer certos discursos fáceis: energia eólica, energia solar, energia das marés. Todas de fontes renováveis, todas limpas.

Mas todas ainda incapazes de prover energia na quantidade e na constância que necessitamos. Ainda não há tecnologia que permita nenhuma dessas fontes prover mais que uma parte muito pequena, e acessória, da energia que é demandada. Não há como iluminar cidades, mover indústrias, aquecer auto-fornos, transportar pessoas e cargas usando essas fontes alternativas. As pesquisas ainda são muito embrionárias, e elas não dão conta da missão. Simples assim.

As nações do mundo escolhem obter sua energia de usinas Termelétricas, Termonucleares e Hidrelétricas. Não fazem isso porque estão conjuradas na missão de destruir o Planeta. Fazem isso porque esta matriz é a única tecnicamente viável para atender às necessidades de geração de energia de qualquer país que sonhe em deixar a idade das trevas.

Não é uma escolha por ideologia. É por tecnologia.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A parábola do Taxista

Ou

A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico

Um texto que foi publicado na revista Época é muito instrutivo, embora tenha lá suas inconsistências, ao falar de Religião, Ateísmo, Tolerância e Capitalismo.

O original pode ser lido aqui.

"
A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico

A parábola do taxista e a intolerância. Reflexão a partir de uma conversa no trânsito de São Paulo. A expansão da fé evangélica está mudando 'o homem cordial'?
ELIANE BRUM

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

I´m so Tired

Hoje eu acordei assim, assim. Olhando para esta cidade cada vez pior, e cheia de filhos que a querem ver pior ainda. Cada vez com menos empregos, menos pessoas, menos investimento, menos perspectivas.

Ilhéus é uma cidade depressiva. Parece que deseja morrer.

Essa resistência em encarar desafios, em discutir, propor, às vezes cansa a gente.

Então eu queria dizer a Ilhéus: "you'd say I'm putting you on, but it's no joke, it's doing me harm" (você disse que eu estou 'com onda', mas isto não é piada, isto está me fazendo sofrer").

Estou muito cansado.



domingo, 6 de novembro de 2011

Esporte abalroado



Desde que assinei o canal Speed tenho acompanhado a NASCAR em suas três principais categorias: a Sprint Cup, onde correm os principais pilotos e equipes, a Natonwide Series, uma espécie de segunda divisão de luxo e a Truck Series, uma corrida de pick ups na qual participam os brasileiros Miguel Paludo e Nelson Piquet Jr.

E foi nesta categoria que assisti a um dos momentos mais incríveis de falta de esportividade, desrespeito e inconseqüência.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Quando a Polícia Acerta

Não atirar quando não é necessário. Não arriscar vidas quando não é preciso. Eficiência sem violência. O Estado agindo como estado, e não como bandido.



É importante mostrar os acertos da Polícia, e não apenas seus erros. No vídeo, a Polícia Federal atua de maneira simplesmente perfeita: danifica máquinas (um automóvel e um avião), ao tempo em que preserva pessoas.

Sem abrir mão da Lei: os suspeitos são detidos. Operação concluída.

Parabéns à Polícia Federal.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Um desabafo sobre o SUS

Não tenho sensibilidade o suficiente para me comover com facilidade. Mas o texto abaixo é comovente. E esclarecedor. E deixa as pessoas envergonhadas. As que tem Vergonha, evidentemente. O original pode ser acessado aqui.

----------------------------------------------
Eu, o SUS, a ironia e o mau gosto
by Nina Crintzs

"Há seis anos atrás eu tive uma dor no olho. Só que a dor no olho era, na verdade, no nervo ótico, que faz parte do sistema nervoso. O meu nervo ótico estava inflamado, e era uma inflamação característica de um processo desmielinizante. Mais tarde eu descobri que a mielina é uma camada de gordura que envolve as células nervosas e que é responsável por passar os estímulos elétricos de uma célula para a outra. Eu descobri também que esta inflamação era causada pelo meu próprio sistema imunológico que, inexplicavelmente, passou a identificar a mielina como um corpo estranho e começou a atacá-la. Em poucas palavras: eu descobri, em detalhes, como se dá uma doença-auto imune no sistema nervoso central. Esta, específica, chama-se Esclerose Múltipla. É o que eu tenho. Há seis anos.


Os médicos sabem tudo sobre o coração e quase nada sobre o cérebro – na minha humilde opinião. Ninguém sabe dizer porque a Esclerose Múltipla se manifesta. Não é uma doença genética. Não tem a ver com estilo de vida, hábitos, vícios. Sabe-se, por mera observação estatística, que mulheres jovens e caucasianas estão mais propensas a desenvolver a doença. Eu tinha 26 anos. Right on target.


Mil médicos diferentes passaram pela minha vida desde então. Uma via crucis de perguntas sem respostas. O plano de saúde, caro, pago religiosamente desde sempre, não cobria os especialistas mais especialistas que os outros. Fui em todos – TODOS – os neurologistas famosos – sim, porque tem disso, médico famoso – e, um por um, eles viam meus exames, confirmavam o diagnóstico, discutiam os mesmos tratamentos e confirmavam que cura, não tem. Minha mãe é uma heroína – mãos dadas comigo o tempo todo, segurando para não chorar. Ela mesma mais destruída do que eu. E os médicos famosos viam os resultados das ressonâncias magnéticas feitas com prata contra seus quadros de luz – mas não olhavam para mim. Alguns dos exames são medievais: agulhas espetadas pelo corpo, eletrodos no córtex cerebral, 'estímulos' elétricos para ver se a partes do corpo respondem. Partes do corpo. Pastas e mais pastas sobre mesas com tampos de vidro. Colunas, crânio, córneas. Nos meus olhos, mesmo, ninguém olhava.


O diagnóstico de uma doença grave e incurável é um abismo no qual você é empurrado sem aviso. E sem pára-quedas. E se você ta esperando um 'mas' aqui, sinto lhe informar, não tem. Não no meu caso. Não teve revelação divina. Não teve fé súbita em alguma coisa maior. Não teve uma compreensão mais apurada das dores do mundo. O que dá, assim, de cara, é raiva. Porque a vida já caminha na beirada do insuportável sem essa foice tão perto do pescoço. Porque já é suficientemente difícil estar vivo sem esta sentença se morte lenta e degradante. Dá vontade de acreditar em Deus, sim, mas só se for para encher Ele de porrada.


O problema é que uma raiva desse tamanho cansa, e o tempo passa. A minha doença não me define, porque eu não deixo. Ela gostaria muitíssimo de fazê-lo, mas eu não deixo. Fiz um combinado comigo mesma: essa merda vai ter 30% da atenção que ela demanda. Não mais do que isso. E segue o baile. Mas segue diferente, confesso. Segue com menos energia e mais remédios. Segue com dias bons e dias ruins – e inescapáveis internações hospitalares.


A neurologista que me acompanha foi escolhida a dedo: ela tem exatamente a minha idade, olha nos meus olhos durante as minhas consultas, só ri das minhas piadas boas e já me respondeu 'eu não sei' mais de uma vez. Eu acho genial um médico que diz 'eu não sei, vou pesquisar'. Eu não troco a minha neurologista por figurão nenhum.


O meu tratamento custaria algo em torno de R$12.000,00 por mês. Isso mesmo: 12 mil reais. 'Custaria' porque eu recebo os remédios pelo SUS. Sabe o SUS?! O Sistema Único de Saúde? Aquele lugar nefasto para onde as pessoas econômica e socialmente privilegiadas estão fazendo piada e mandando o ex-presidente Lula ir se tratar do recém descoberto câncer? Pois é, o Brasil é o único país do mundo que distribui gratuitamente o tratamento que eu faço para Esclerose Múltipla. Atenção: o ÚNICO. Se isso implica em uma carga tributária pesada, eu pago o imposto. Eu e as outras 30.000 pessoas que tem o mesmo problema que eu. É pouca gente? Não vale a pena? Todos os remédios para doenças incuráveis no Brasil são distribuídos pelo SUS. E não, corrupção não é exclusividade do Brasil.


O maior especialista em Esclerose Múltipla do Brasil atende no HC, que é do SUS, num ambulatório especial para a doença. De graça, ou melhor, pago pelos impostos que a gente reclama em pagar. Uma vez a cada seis meses, eu me consulto com ele. É no HC que eu pego minhas receitas – para o tratamento propriamente dito e para os remédios que uso para lidar com os efeitos colaterais desse tratamento, que também me são entregues pelo SUS. O que me custaria fácil uns outros R$2.000,00.


Eu acredito em poucas coisas nessa vida. Tenho certeza de que o mundo não é justo, mas é irônico. E também sei que só o humor salva. Mas a única pessoa que pode fazer piada com a minha desgraça sou eu – e faço com regularidade. Afinal, uma doença auto-imune é o cúmulo da auto-sabotagem.


Mas attention shoppers: fazer piada com a tragédia alheia não é humor, é mau gosto. É, talvez, falha de caráter. E falar do que não se conhece é coisa de gente burra. Se você nunca pisou no SUS – se a TV Globo é a referência mais próxima que você tem da saúde pública nacional, talvez esse não seja exatamente o melhor assunto para o seu, digamos, 'humor'.


Quem me conhece sabe que eu não voto – não voto nem justifico. Pago lá minha multa de três reais e tals depois de cada eleição porque me nego a ser obrigada a votar. O sistema público de saúde está longe de ser o ideal. E eu adoraria não saber tanto dele quanto sei. O mundo, meus amigos, é mesmo uma merda. Mas nós estamos todos juntos nele, não tem jeito. E é bom lembrar: a ironia é uma certeza. Não comemora a desgraça do amiguinho, não."