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sábado, 29 de junho de 2013

Homenagem ao Mestre

Camilo de Lélis: inesquecível professor

Que se foi hoje, após uma longa luta contra o Câncer.

Foi-se o primeiro Professor que encontrei no curso de Ciência da Computação. Ele me concedeu a Primeira Aula. A primeira disciplina. Os primeiros rudimentos de programação.

Nunca me esqueço da segunda-feira, dia 23 de Abril de 1990.

Entrou em cena na minha vida um dos meus maiores mentores. Que moldou em mim os primeiros traços de Cientista da Computação.

Camilo de Lélis sai de cena hoje, dia 29 de Junho de 2013. Exatos, como ele mesmo gostaria que eu dissesse, 23 anos, 2 meses e 6 dias depois.

Sai de cena o homem. Permanece a referência do grande Professor que eu nunca esquecerei, e a quem nunca serei grato o suficiente.

Honras e saudades eternas do Mestre Camilo.


quinta-feira, 27 de junho de 2013

A vez da mídia

Marcelo Coelho

Original aqui.


Se o pensador mais ousado da Globo se chama Arnaldo Jabor, talvez seja momento de uma autocrítica

Partidos, Congresso, sindicatos, governantes --não há instituição democrática que não esteja sob o foco de críticas. Falta falar de outra instituição, a imprensa. Ou "a mídia", como prefere dizer quem já se põe no campo de ataque.

Acho que há três pontos a destacar. Em primeiro lugar, a ideia de que as redes sociais, como o Facebook, aposentaram a mídia tradicional. De um ponto vista, faz sentido. De outro, não.

Jabor: colunista difícil de ser levado à sério.

Claro que, graças ao Facebook, foi possível avaliar, por exemplo, se valeria ou não a pena participar da manifestação de segunda-feira passada, dia 17 de junho. Quanto mais adeptos no mundo virtual, mais se sente que o momento de passar à vida real já chegou.

terça-feira, 25 de junho de 2013

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O PT ficou para trás

Mino Carta

Original aqui.

O Brasil vive um momento de desencontros e esperanças, nem todas bem-postas. Primeiríssima entre estas a da mídia nativa, chega a sustentar que as atuais manifestações de rua se assemelham àquelas pelo impeachment de Fernando Collor. Má informação e delírio são alguns dos atributos do jornalismo pátrio. Quando a Globo mobilizou uma juventude carnavalizada para solicitar a condenação do presidente corrupto, o próprio já havia sido atingido fatalmente pelas provas das ligações entre o Planalto e a Casa da Dinda, levantadas pela IstoÉ. Seu destino estava selado com ou sem passeatas. No mais, é do conhecimento até do mundo mineral que imaginar a derrubada de Dilma Rousseff naufraga no ridículo.

A presidenta e um Partido que pena, mas poderia lucrar com as manifestações
Impávida, a mídia nativa, depois de recomendar repressão enérgica contra os baderneiros, percebeu a possibilidade de enganar os incautos ao sabor da sua vocação e tradição, e agora afirma com a devida veemência o caráter antigovernista das manifestações. Mira-se logo nas próximas eleições. Difícil mesmo, se não impossível por enquanto, distinguir o que move os manifestantes. Certa apenas a demanda da periferia no país da casa-grande e da senzala. Aludo à maioria dos brasileiros que usam ônibus e desconhecem um certo Estado do Bem-Estar Social, para sofrer as consequências de sistemas de saúde, educação, transporte coletivo de péssima qualidade. Sem contar o saneamento básico.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Nas Ruas

Eis que os jovens do Brasil foram às ruas novamente. E foram decididos. Enfrentaram tudo e todos. Não arrefeceram nem mesmo frente à sempre covarde repressão do Poder.

Mas algo desta vez aconteceu diferente. Ao contrário de outros momentos em que os jovens partiram para mudar os caminhos do Brasil, como no período do impeachement do presidente Collor, dessa vez todos no mundo da política foram pegos de surpresa. Naquele tempo havia a oposição que se articulava com a juventude. Desta vez os jovens se levantaram sozinhos. Sem aviso, sem sinais. Apenas se ergueram e vieram para a Luta.

Este movimento que se prolifera rápido pelo país inteiro jogou pelos ares todo o tabuleiro do xadrez político brasileiro. Governo e oposição vêem, estupefatos, as peças se rearranjarem drasticamente modificadas, sem seguir qualquer regra. O tabuleiro agora é outro, as peças totalmente rearranjadas, e o jogo, aparentemente, continua.

As manifestações mudaram o jogo político
Há muito em jogo. Há muito o que temer. Os oponentes, como esperado neste caso, estão inteiramente atordoados. Não há quem seja capaz de entender se este novo cenário lhe é favorável ou desfavorável. Na verdade, o jogo pode, para o bem ou para o mal, estar na iminência de um xeque-mate.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Indignação

Claudio Lembo

Original aqui.

Só os ingênuos ou os maus intencionados não entendem o que está ocorrendo nas cidades brasileiras e, particularmente, em São Paulo, onde, nestes últimos anos, em política, tudo começou.

Está nas ruas uma nova geração. Ela não participou dos acontecimentos marcantes do passado. A redemocratização. As diretas já. O impeachment de Collor.
Deseja participar. Fazer ouvir sua voz. A mera democracia representativa, aquela que permite eleições de dois em dois anos, já não convence. É mero espetáculo vivido por terceiros, os políticos.

Os jovens – e mesmo os adultos – querem ser ouvidos. Cansaram-se das exposições, sempre iguais, dos políticos tradicionais. Os partidos, encontrados às dúzias no mercado, já não representam a mais ninguém.
Manifestação em Brasília

domingo, 9 de junho de 2013

Shake a tail feather

"Excuse me. I don't think there is anything wrong actually on this piano"

E a partir daí Ray Charles participa de uma das melhores partes do filme "The Blues Brothers". Que em português ficou "Or ismãos cara de pau".


"Shake a tail feather" - Mexa as penas da cauda. Impossível ficar parado. Além disso, ver Dan Acroyd e John Belushi dançando, e "mexendo" as penas das respectivas caudas faz uma das cenas mais hilárias desta excelente comédia.

Recomendado para todas as idades, desde que se aprecie boa música e humor inteligente.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Aborto

Há poucos temas que tão agilmente levantam polêmicas, sempre tão profundas. Ser contra ou ser a favor do aborto é realmente uma causa apaixonante pois, para os dois lados, estão em jogo valores muito preciosos: a Vida, a Liberdade, a Integridade, a Saúde.



Em linhas gerais trata-se de um problema eminentemente ético. Há duas grandes correntes que defendem o direito da mãe ou o direito do embrião. Os primeiros argumentam que a mãe precisa ter o direito de decidir sobre si e sobre seu corpo. Assim, nada pode obrigá-la a prosseguir com uma gravidez que ela não deseja, já que é sobre o corpo dela que recairá todo o processo. Já o segundo grupo argumenta que, sendo um ser humano - e este ponto é em si uma polêmica discutida abaixo - o embrião precisa efetivamente ter o direito inalienável à vida.

Aí está o complicador: atender a um dos pleitos necessariamente impõe que se negue o outro. Não há meios termos.