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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Bandidos e "Pessoas de Bem"

Quinho Cartunista. Não conhecia, mas já gostei.



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O Paradoxo da Roda



Este é um problema que conheci a pouco, a despeito de sua antiguidade. Na verdade, o filósofo grego Aristóteles teria observado este fenômeno lá pelo século IV A.C.

Aristóteles descreveu este fenômeno como o "Paradoxo da Roda".

O que Aristóteles observou, e já lá se vão mais de 2400 anos, é realmente intrigante. Suponha, leitor amigo, que uma roda gira sobre uma superfície qualquer. Por exemplo, a roda de um carro rodando sobre o asfalto de uma estrada. Consideremos que a roda descreveu uma volta completa (rotação) sobre si mesma. Assim, a distância total percorrida pela roda é exatamente igual ao seu perímetro (ou o aro do pneu).

O que Aristóteles observou foi que se houver uma roda interna (como por exemplo uma calota), ela necessariamente percorrerá a mesma distância que a roda externa, já que ambas estão viajando juntas. Mas ao mesmo tempo Aristóteles via, estupefato, que elas não poderiam percorrer a mesma distância, já que ambas descrevem uma rotação completa, sendo seus tamanhos são diferentes. Isto forçaria as rodas a percorrerem distâncias diferentes.

Um problema e tanto para o Filósofo.

Assim, ao mesmo tempo em que elas precisam percorrer a mesma distância, pois estão rotacionando juntas, elas precisam percorrer distâncias diferentes, pois o diâmetro de uma é menor do que o da outra.

A figura abaixo dá uma ideia do problema.




sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O retrocesso democrático da lei antiterror

Uma articulação de senadores pressiona para que a chamada "lei antiterror" seja votada com urgência. Curiosamente esta mesma urgência não foi vista pelo senado para aprovar outros temas caros a população, como a reforma política. Como esta posta, a aprovação da lei antiterror pode colocar a própria democracia em risco.

Erick da Silva

Original aqui.

Após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band, atingido por um rojão durante uma manifestação no Rio de Janeiro, senadores tentam aprovar projeto para tipificar o crime de terrorismo no Brasil. O Projeto de Lei 499, de 2013 aponta como crime inafiançável “provocar ou infundir terror generalizado”, e estabelece penas de prisão de 30 anos para quem for enquadrado como "terrorista".


O PL 499, originalmente, nasceu sob a justificativa da Copa do Mundo e das Olimpíadas, os protestos de junho, e as ações radicalizadas que se seguiram, serviram de pretexto para acelerar as discussões. O texto do PL foi elaborado em Comissão Mista composta por senadores e deputados. O grupo de parlamentares foi encabeçado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).(1)

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A Ilha de Plástico

Enquanto cada vez mais se avolumam as desconfianças científicas a respeito do aquecimento global, os ambientalistas esquecem de se debruçar sobre um problema concreto, verificável e irrefutável: o plástico.

Do Informação Incorrecta

A ilha de plástico


Aquecimento Global? Os problemas do planeta são outros.



Eu sou Nicoló Carnimeo, ensino na Universidade de Bari [Italia, ndt] mas também sou escritor e navegador; nos últimos três anos tenho feito uma longa viagem que me levou dos oceanos até o Mediterrâneo e quero contar-vos sobre isso.A minha viagem no mar de plástico começou em Londres, onde conheci quem descobriu a Grande Mancha de Lixo do Pacífico. O que é? É uma imensa ilha formada por todos os resíduos de plástico que lançámos nos últimos 50 anos. O mar, através das correntes, os faz convergir em alguns pontos, aí ficam e continuarão a ficar, talvez para sempre.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Camarão que dorme a onda leva

Wagner Iglecias

Original aqui.

Lula surgiu na cena pública brasileira não como político, mas como sindicalista, no final dos anos 70. Barbudo, carrancudo, nordestino e falando com língua presa um português “errado”. Trazia consigo um discurso que criticava a ditadura, os patrões e o sindicalismo tradicional. Desde logo ganhou a rejeição dos setores mais conservadores. Na campanha ao governo de São Paulo, em 1982, pedia votos dizendo que ele seria “um brasileiro igualzinho a você”, referindo-se aos eleitores. Numa época em que o Brasil não somente era ainda uma ditadura militar, mas na qual o preconceito contra nordestinos no Centro-Sul do país era extremamente forte. Ninguém na classe média paulista, por exemplo, queria se parecer com a empregada doméstica baiana ou com o porteiro cearense.

Isso tudo não o impediu, na primeira eleição presidencial pós-ditadura, em 1989, de superar o favorito Leonel Brizola no 1º turno e disputar o turno final contra Fernando Collor. Chegou a liderar pesquisas de opinião a poucos dias da eleição decisiva, mas acabou ultrapassado pelo adversário na reta final. Mesmo derrotado, Lula foi novamente candidato em 1994. Saiu disparado nas pesquisas. O preconceito contra ele continuava brabo, mas havia mudado um pouco de figura. Agora era acusado de não ter aproveitado aqueles cinco anos transcorridos desde a derrota para Collor para ir estudar. No exterior, de preferência. Muitos ainda o viam como o mesmo Lula radical e perigoso de 1982 ou 1989, e as críticas do petismo ao Plano Real não ajudavam a minimizar essa percepção. De fato devia ser duro falar em socialismo para um eleitorado que, com o fim da inflação, estava mais interessado em poder comer carne de frango ou saborear um iogurte. Corroborava-se assim a imagem de um Lula desatualizado, com pequena capacidade de compreender o novo Brasil que se anunciava. Como resultado final, a derrota para o PSDB de Fernando Henrique, que surfou inteligentemente no sucesso da estabilização econômica recém-construída e conquistou o voto popular.