Em sabatina, filósofo defendeu financiamento público de campanha
Da Folha de São Paulo
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Declarando-se à disposição da presidente Dilma Rousseff (PT) para colaborar no seu segundo mandato, "dentro ou fora" do governo, o filósofo Roberto Mangabeira Unger, 67, afirmou em sabatina realizada pela Folha nesta quarta-feira (5) que a corrupção não é o principal problema do Brasil.
"Entre os grandes países em desenvolvimento, especificamente os Brics --Índia, China e Rússia--, o Brasil é, de longe, o menos corrupto. Nós temos corrupção, mas não é um dos nossos problemas maiores", disse.
Para o professor da Faculdade de Direito de Harvard (EUA), a causa maior da corrupção é o custeio das campanhas políticas. Ele defendeu a substituição do financiamento público pelo privado.
O filósofo rememorou suas contradições em relação a Lula. Em artigo publicado na Folha em 2005, na esteira do escândalo do mensalão, Mangabeira Unger se referiu ao governo do petista como o mais corrupto da história do país e pediu seu impeachment. Em 2007, porém, tornou-se ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, cargo que ocupou até 2009.