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domingo, 20 de dezembro de 2015

O STF tem razão.

A disputa entre governo e oposição pelo poder ganhou ares fratricidas, e porque não dizer, patricidas, ou "patriotricidas" a se ver os danos profundos à Economia e ao Tecido Social brasileiro.

A página mais recente dá conta da disputa, no STF, sobre o rito do Impeachment, que é o trâmite necessário desde a aceitação deste por parte do presidente da câmara até o afastamento total e definitivo da presidenta Dilma.

Luís Roberto Barroso: entendimento correto

O entender geral, antes da disputa do STF, rezava que, após o presidente ter recebido a denúncia, a Câmara formaria uma comissão para aprovar ou não o seguimento da abertura do processo. Apenas se esta comissão entender que o processo deve efetivamente ser aberto, é que a proposta segue para a assembleia da Câmara. Ali se decide se o processo é aberto ou não.

A partir daqui as coisas mudaram, após a interpretação do STF: o entendimento anterior dava conta de que o processo, então, era aberto, e a presidenta Dilma era imediatamente afastada. E o julgamento aconteceria no Senado.


domingo, 13 de dezembro de 2015

Desafios para as esquerdas, no presente e em futuro próximo

Roberto Bitencourt da Silva

Original aqui

O presente cenário político é demasiadamente desolador para as esquerdas. A correlação de forças é flagrantemente desfavorável ao campo popular-democrático.



Isso por conta de uma saliente capilaridade social de valores sintonizados com ideias neoliberais, do ponto de vista político e econômico, e conservadores, sob o ângulo da moralidade cotidiana.

Ademais, anos sucessivos de governos, naturalmente, tendem a desgastar a qualquer partido político. Escolhas adotadas para o exercício de governo podem, é claro, incrementar o desgaste.

domingo, 6 de dezembro de 2015

O dia da infâmia

Por Fernando Morais

Original aqui.

Minha geração testemunhou o que eu acreditava ter sido o episódio mais infame da história do Congresso. Na madrugada de 2 de abril de 1964, o senador Auro de Moura Andrade declarou vaga a Presidência da República, sob o falso pretexto de que João Goulart teria deixado o país, consumando o golpe que nos levou a 21 anos de ditadura.

Indignado, o polido deputado Tancredo Neves surpreendeu o plenário aos gritos de "Canalha! Canalha!".

No crepúsculo deste 2 de dezembro, um patético descendente dos golpistas de 64 deu início ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A natureza do golpe é a mesma, embora os interesses, no caso os do deputado Eduardo Cunha, sejam ainda mais torpes. E no mesmo plenário onde antes o avô enfrentara o usurpador, o senador Aécio Neves celebrou com os golpistas este segundo Dia da Infâmia.