Pesquisar

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O problema do Barômetro

Muitos conhecerão esta história, antiga, talvez verídica, que teria se passado num exame de Física da Universidade de Copenhague.

"Há algum tempo recebi um convite de um colega para servir de árbitro na revisão de uma prova. Tratava-se de avaliar uma questão de Física, que recebera nota 'zero'. O aluno contestava tal conceito, alegando que merecia nota máxima pela resposta, a não ser que houvesse uma 'conspiração do sistema' contra ele. Professor e aluno concordaram em submeter o problema a um juiz imparcial, e eu fui o escolhido.

Chegando à sala de meu colega, li a questão da prova, que dizia: 'Mostrar como pode-se determinar a altura de um edifício bem alto com o auxilio de um barômetro.' A resposta do estudante foi a seguinte:

'Leve o barômetro ao alto do edifício e amarre uma corda nele; baixe o barômetro até a calçada e em seguida levante, medindo o comprimento da corda; este comprimento será igual à altura do edifício.'

Sem dúvida era uma resposta interessante, e de alguma forma correta, pois satisfazia o enunciado. Por instantes vacilei quanto ao veredito. Recompondo-me rapidamente, disse ao estudante que ele tinha forte razão para ter nota máxima, já que havia respondido a questão completa e corretamente. Entretanto, se ele tirasse nota máxima, estaria caracterizada uma aprovação em um curso de Física, mas a resposta não confirmava isso. Sugeri então que fizesse uma outra tentativa para responder a questão. Não me surpreendi quando meu colega concordou, mas sim quando o estudante resolveu encarar aquilo que eu imaginei lhe seria um bom desafio. Segundo o acordo, ele teria seis minutos para responder a questão, isto após ter sido prevenido de que sua resposta deveria mostrar, necessariamente, algum conhecimento de Física.

Passados cinco minutos ele não havia escrito nada, apenas olhava pensativamente para o forro da sala. Perguntei-lhe então se desejava desistir, pois eu tinha um compromisso logo em seguida, e não tinha tempo a perder.Mais surpreso ainda fiquei quando o estudante anunciou que não havia desistido. Na realidade tinha muitas respostas, e estava justamente escolhendo a melhor. Desculpei-me pela interrupção e solicitei que continuasse.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Manifesto: O QUE ESTÁ EM JOGO AGORA

A chamada Operação Lava Jato, a partir da apuração de malfeitos na Petrobras, desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia.

Com efeito, há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas ultraprofundas. Essa situação tem lhe valido a conquista dos principais prêmios em congressos internacionais.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O PT acabou? Viva o PT!

Wagner Iglecias
Original aqui.



A moda desse verão na bolsa de apostas da política nacional é dizer que o PT tá indo pro brejo. Será? Militantes e simpatizantes do partido dirão que não, que isso é um absurdo. Adversários batem o pé que sim. Acho eu, para usar uma expressão chique, que tem uma boa dose de wishfull thinking nisso tudo, tanto de um lado como de outro. Uns ainda sonhando com um PT que já não existe mais. Outros destilando seu ódio costumeiro ao partido que é a referência central da política brasileira neste século.

Pesquisa Datafolha publicada neste domingo informa que 71% dos brasileiros não têm preferência por partido nenhum. E que entre os que têm, 12% preferem o PT. É uma queda vertiginosa, se comparada a outubro passado, quando 22% disseram optar pela legenda. O problema é que os demais partidos empolgam menos ainda o brasileiro: apenas 5% dizem preferir o PSDB (eram 7% em outubro) e menos gente ainda, 4%, cita o PMDB (mesmo percentual de outubro).

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Nenhum governo resiste ao vácuo de poder


Luís Nassif
Original aqui


Há um perigoso vácuo  de poder no governo Dilma Rousseff.

No dia seguinte à eleição de Dilma, a oposição inaugurou o terceiro turno, uma guerra implacável de desestabilização.

Criou-se um problema a mais em um cenário já complexo, com problemas fiscais, economia estagnada, contas externas deficitárias, o desemprego começando a se apresentar.

Dilma tem um conjunto de questões para administrar, divididas da seguinte maneira: